quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um Brasil de aparências...



"Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes". (Shakespeare)

Enquanto pequenos, acolhidos ao ventre materno, quente, aconchegante e seguro, em algum momento devem nos passar a seguinte questão: o que tem do outro lado, no “outro mundo”? A curiosidade é nata do ser humano, e não nos é apartada quando ainda somos apenas um feto em desenvolvimento. Porém, se houvesse a possibilidade de sanar as nossas duvidas sem que fosse na prática, muitas coisas seriam diferentes.


E quem neste mundo nasce com o propósito de sofrer? Morrem sim, mas sofrer... JAMAIS! Não é de hoje que o sofrimento nos acompanha. Indignações podem até ser um sentimento mais presente, recente, mas o desejo pela dor alheia parece ter sido encarado como uma forma de auto afirmação de uma raça superior. E o que o classificou como tal raça? Como um povo desprovido do tal “selvageirismo”, que se diz adepto as boas práticas e ações, refinado, possuidor do orgulho e do sangue caracterizado como “nobre”, tem a audácia ou até mesmo a posição de “bárbaro”, onde destrói uma cultura nativa presente, a escraviza, ridiculariza e não o sendo bastante, rompem com seus preceitos, suas escolhas e suas motivações? Isso é ser colonizado? Entrar em uma terra, te-la como sua, ditar regras, impor sua cultura... E o negro, tratado como animal, sem alma, sem desejos, sem vontades... Um mero braço do trabalho, uma pequena máquina humana, incansável, destinada única e exclusivamente a labuta de cada dia. Viver em um país manchado de vermelho, um vermelho viscoso, suave, miscigenado; meio índio, negro, português, espanhol...






E há quem o faça discriminar ate hoje, esses povos que se já não foi o bastasse naqueles tempos, ainda tem replay para hoje, amanha e depois, depois...









O discriminar está presente, e por mais que as lutas sejam constantes, ele ainda estará aqui, lá, acolá...






A aceitação do individuo como partícipe de seu meio ainda está longe de chegar; e essa foi a herança nos deixada: enxergar cada indivíduo como “o outro”.


Se assim o bem soubesse escolheria não querer ter nascido!






♥ Day ♥