terça-feira, 12 de julho de 2011

A máfia verde e amarela


O Brasil é mundialmente conhecido como o país do futebol. Também somos conhecidos pela qualidade administrativa “duvidosa” de nossos representantes, ou para melhor dizer vivemos em um país que é governado pela corrupção. Conforme é de se perceber nessa reportagem da emissora Record, que dessa vez trouxe um conteúdo de qualidade, esses rótulos parecem se relacionar de formas intimas. Principalmente quando a investigação é feita em prol a denunciar os poderosos e chefões que insistem no interesse do próprio bolso.

O livro 10 Reportagens que abalaram a ditadura traz o seguinte trecho: “Jornalistas, alguns pelo menos, tem o saudável hábito de contar histórias que os poderosos de turno adorariam deixar nas sombras. Se os poderosos de turno detêm poder absoluto, então, fazem absolutamente de tudo para que tais histórias permaneçam indefinidamente longe das vistas do público.” Embora essa citação se refira a outro período da história brasileira, essa pode ser perfeitamente usada em alguns casos. Por exemplo, o presidente Ricardo Teixeira da CBF e a emissora rede Globo se encaixam perfeitamente nessa citação. Alguém ali é o poderoso de turno e outro não cumpre seu papel que seria o “funcionalismo” democrático da imprensa. Obvio que não somos inocentes. Sabemos que se existe dinheiro rolando existe interesses; vontades essas que algumas vezes são maquiadas pelo discurso de objetividade e imparcialidade, tudo isso a favor de nós brasileiros.

É uma graçinha assistir o apresentador Galvão enchendo a boca para dizer das exclusividades, das competências que sua emissora possui. Diante desse vídeo acima, surge a pergunta: como nós brasileiros, que temos como nossa principal emissora do país a TV Globo, ficamos?
“Sei lá, sei lá. A vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá. Eu só sei que ela está com a razão”
Mas vamos deixar essa pergunta de lado, pois a questão central da reportagem passa a ser o poderoso chefão do futebol. O senhor Ricardo Teixeira foi denunciado pelo jornalista investigativo Andrew Jennings , autor do livro Jogo Sujo. O livro traz investigações que estremecerão as estruturas da FIFA, para Jennings o Brasil deveria aproveitar o momento para expulsar o presidente da CBF, em vista que já vivemos num momento democrático, portanto não deveríamos admitir que esse presidente, que está há anos no poder, continuasse sendo o dono do futebol brasileiro.

Definitivamente não podemos nos cegar para isso. O futebol é visto como a nossa paixão nacional. Quando estamos no contexto de uma Copa do Mundo nos sentimos unidos. Embora nem todos gostem desse esporte, a minoria, ainda sim ouvimos dizer de forma subjetiva que a nossa seleção brasileira é um patrimônio nacional. Diante de todas denuncias e do chefão no poder desse patrimônio, insisto na mesma pergunta: como nós ficamos?


Outra reportagem, mais detalhada, feita pela Record:
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