Muitas perguntas são feitas sobre a corrupção no Brasil. Infelizmente, não há boas respostas. Afinal de contas, nada é mais lamentável do que ver, diante dos nossos próprios olhos, políticos fatiando suculentas pizzas e nada sendo feito. Aliás, nada vírgula. Temos o desprazer de conhecer alguns nomes que circulam no plenário e continuam fazendo seus movimentos ilegais para no fim das contas aumentar o dinheiro no fim do mês. São políticos que foram investigados, mas na hora do decisivo momento do julgamento foram absorvido tal como Jackeline Roriz e outros exemplos.
Mas dessa vez vamos falar de outra poderosa classe que está diretamente envolvida em alguns casos de corrupção no Brasil. Se há corrupção no Executivo e no Legislativo, surge à pergunta: e o Judiciário? Será que nosso país pode soltar fogos de artifício e garantir para Deus e o mundo que nossos juízes são honestos? Alguém põe a mão no fogo por eles? Uma boa ministra responderia a essas perguntas com o termo: bandidos de toga. Ela também pode usar outros termos como mentirosos, maledicentes e corporativos. Em fim, a ministra em questão é Eliana Calmon que vem desafiando os até então intocáveis juízes de toga.
Faço questão de trazer para os visitantes deste espaço algumas aspas que a ministra afirmou:
“implacável com a corrupção, prática a ser banida do âmbito do Poder Judiciário, com a qual terei tolerância zero”
“Pela primeira vez, foram feitos diagnósticos oficiais do funcionamento da prestação jurisdicional, dos serviços cartorários. Pela primeira vez, veio a conhecimento de todos, até dos próprios protagonistas da função judicante, o resultado de uma Justiça cara, confusa, lenta e ineficiente”
“Não está sendo fácil corrigir os rumos, implantar práticas administrativas modernas, desalojar os vilões do Poder e, principalmente, mudar os usos e costumes de um Judiciário desenvolvido à sombra de uma sociedade elitista, patrimonialista, desigual e individualista”.
“Este não é um trabalho de pouco e para pouco tempo. É meta arrojada a exigir esforço concentrado de todos os atores da atividade judicante, especialmente dos magistrados. Não podemos esperar pelo legislador e pelo Executivo. A iniciativa de reconstrução é nossa (CNJ)”
Inevitavelmente, essas afirmações levaram a alguns juízes questionarem a atitude da ministra e as investigações da Corregedoria Nacional de Justiça. No entanto, isso não levou a ministra abaixar a guarda para o Judiciário que continuou criticando alguns juízes, chamando a associações de juízes de "mentirosas", "maledicentes" e "corporativas". Embora, a ministra esteja num mato repleto de lobos, devemos nós, a população, apoiar todas essas iniciativas, pois trata-se de uma tentativa corajosa de combater um mal histórico no país, a corrupção.