sábado, 12 de junho de 2010

HAITI - 12 DE JANEIRO DE 2010




Canção da Terra (Michael Jackson)

O que aconteceu com o nascer do sol?

O que aconteceu com a chuva?

O que aconteceu com todas as coisas,

Que você disse que iríamos ganhar?

O que aconteceu com os campos de extermínio?

Essa é a hora.

O que aconteceu com todas as coisas,

Que você disse que eram nossas?

Você já parou para pensar em

Todo o sangue derramado antes de nós?

Você já parou para pensar que

A Terra e os mares estão chorando?

O que fizemos para o mundo?

Olhe o que fizemos.

O que aconteceu com toda a paz?

Que você prometeu a seu único filho?

O que aconteceu com os campos floridos?

Essa é a hora.

O que aconteceu com todos os sonhos

Que você disse serem nossos?

Você já parou pra pensar,

Sobre todas as crianças mortas pela a guerra?

Você já parou para pensar que

A Terra e os mares estão chorando?

Eu costumava sonhar

Costumava viajar além das estrelas

Agora já não sei onde estamos

Embora saiba que fomos muitos longe

O que aconteceu com o passado?

(O que aconteceu conosco?)

O que aconteceu com os mares?

(O que aconteceu conosco?)

O céu está caindo

(O que aconteceu conosco?)

Não consigo nem respirar

(O que aconteceu conosco?)

E a apatia?

(O que aconteceu conosco?)

Eu preciso de você.

(O que aconteceu conosco?)

E o valor da natureza?

É o ventre do nosso planeta.

(O que aconteceu conosco?)

E os animais?

(O que aconteceu conosco?)

Fizemos de reinados, poeira.

(O que aconteceu conosco?)

E os elefantes?

(O que aconteceu conosco?)

Perdemos a confiança deles?

(O que aconteceu conosco?)

E as baleias chorando?

(O que aconteceu conosco?)

Estamos destruindo os mares

(O que aconteceu conosco?)

E as florestas?

Queimadas, apesar dos apelos

(O que aconteceu conosco?)

E a terra prometida?

(O que aconteceu conosco?)

Dilacerada pela ganância

(O que aconteceu conosco?)

E o homem comum?

(O que aconteceu conosco?)

Não podemos libertá-lo?

(O que aconteceu conosco?)

E as crianças morrendo?

(O que aconteceu conosco?)

Não consegue ouvi-las chorar?

(O que aconteceu conosco?)

O que fizemos de errado?

Alguém me fale o porquê

(O que aconteceu conosco?)

E os bebês?

(O que aconteceu conosco?)

E os dias?

(O que aconteceu conosco?)

E toda a alegria?

(O que aconteceu conosco?)

E o homem?

(O que aconteceu conosco?)

O homem chorando?

(O que aconteceu conosco?)

E Abraão?

(O que aconteceu conosco?)

E a morte de novo?

A gente se importa?

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Pare por um instante e imagine uma explosão de trinta bombas atômicas. Imagine um verdadeiro país em caos, um tapete de pessoas mortas, pessoas estendidas ao chão ou até mesmo uma criança sozinha e morta em uma calçada sem ninguém ali para chorar ou lamentar por sua morte. Imagine não dez, onze, doze, ou treze pessoas mortas, mas cerca de 50000 a 100000 mortos. Um cheiro insuportável de corpos em decomposição, pessoas revirando entulhos de concreto em busca de gritos de “socorro”. Pare por um instante, um único instante, e tenta sentir um choro de uma criança desesperada de dor que sente por uma perna quebrada, não há nem mesmo nenhuma anestesia para acabar ou aliviar aquela dor. Isso parece sem duvida algo trágico, catastrófico ou infernal, mais meu caro leitor é exatamente isso que ocorre, no o dia 12 de Janeiro, no Haiti


Haiti, 12 de janeiro de 2010, sem duvida uma data marcante, não apenas para os haitianos, mas para todas a humanidade. Assim como o 11 de setembro entrou para a historia, eis outra data em que a historia. Um dia catastrófico para o ser - humano. Peço com toda humildade que todos reflitam sobre o que significa esse dia para toda a humanidade, peço que reflitam sobre os acontecimentos que marcaram o dia 12, os acontecimentos que até hoje se encontra ali naquele Pais que se tornou um verdadeiro caos. Talvez assim seja uma das formas de se lembrar dos Haitianos que ali vivem e que tiveram sua vida radicalmente mudada por um verdadeiro dia apocalíptico.

CRONICA DO PENISDRIVE

Sexualidade Virtual

imagems google















Eu estava na rede e o vento soprava. A brisa arrepiava-me e nessa atmosfera de inverno percebi que você me olhava num flerte gigabytico. Meu sistema operacional entesou meu penisdrive e expôs virilmente sua glande metálica. Senti o odor virtual de suas entradas USBs, que excitadas convidavam-me a navegar por suas ondas, a cabo, sem fio, a satélite.

Minha estrutura ainda fria em plena rede se animou com as possibilidades de um download e assim não pude me conter, deslizei por cada página de seu corpo, por documentos HTMLs e DOCXs, apreciei cada cantinho de seu corpo digital e lhe confesso... Ai meu Deus! Como fui feliz!!! Subtraíram-se os espaços, volatilizou-se o tempo, e em uma espécie de mágica fomos um...

Cai na vida e me viciei em seus encantos em pouco tempo andava devasso flertando a todos numa androginia virtual amando de site em site a todos os seus andrógenos habitantes. Mas minha devassidão me custou caro! Hoje vejo meu dispositivo infectado, e sofro com tantas DSTs (doenças Sistemáticamante transmissíveis), spyware, malwares, adwares, rootkits e tantos mais, me separando de você, impedindo nossa conexão. Mas meu machismo e sexinformatísmo desenfreado, não resistiu aos encantos que se pode ver.

Em tantos cantos há discursos eloquentes de brechas quentes de uma entrada USB ou PS2. Me enganei, fui mais longe do que me convinha e expus a nós dois, ao não usar preservativos (Avira, Adware, Combofix, MOD32, AVG).
Agora enfermo não me plugo ou me conecto, nem fico ereto, como é duro de dizer. Meu penisdrive está queimado e sem ter uso, tudo por que não fui fiel ao nosso amor. Eu me lembro do que me disse uma amiga, que brincava sem pudor, quem vê gabinete, nobreak, mouse e monitor, nem sempre vê HD e/ou processador.

Joguei no lixo nossas possibilidades e deletei sem nem pensar nossa conexão, mas eu preciso francamente lhe dizer que mesmo vivo eu já não vivo sem você.

Seu nome é lindo e não sai da minha mente, se fecho os olhos eu só consigo te ver, até o vento vem me repetir seu nome (Informática Internet Microsoft!!!) Seu nome é o canto que embala o meu viver.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Histórias de um Brasil inventado

Imagem do google














Adentrar o universo das viagens portuguesas, por meio dos relatos de naufrágios, ou antes deles, por meio de um olhar panorâmico através da realidade portuguesa no virar do século XIV e principiar do século XV, mostra se um exercício angustiante, se fundamentado numa expectativa de resignificação desse capítulo da história mundial.

Para quem está arraigado na tradição didática secularmente difusa de uma empresa portuguesa marcada pela genialidade desbravante e o ideal colonizador e redentor de terras longínquas, privadas da salvação cristã lusitana, que sempre vendeu a ideia de um projeto português fundado na capacidade naval e no brilhantísmo de um projeto que teria sido elaborado minuciosamente, para resgatar a gloria portuguesa. O que mais angustia nas leituras dos relatos de naufrágios e em textos como "para começo de conversa e os argonautas" é a crise de orientação que eles permitem causar e atuando com uma dinâmica dúbia, tanto fundamenta esse olhar tradicionalmente difuso, como o contesta. o fundamenta de certo modo, quando se debruça sobre o viés religioso das expedições descobrimentistas e/ou achistas,já que o português como imagem e semelhança do criador, como cristão, tem o indelével dever de salvar as "nações" levando a elas, a "boa nova", assim percebe-se um projeto, que brota não da genialidade portuguesa, mas das prerrogativas cristãs, habilmente incorporadas pelos clérigos, mas não apenas isso, soma se a toda essa missão salvívica, o ideal expansionista o desejo de riquezas, a violência etc. E contesta-se a visão tradicional, numa especie de anedota, o próprio tecer dos fatos, como os relatos mostram com evidencias; na precariedade das embarcações mau calafetadas etc,no subverter das posições de poder nos momentos de crise, no desvalorar da vida,(tanto dos povos descobertos ou achados) como dos próprios coevos, que partilhavam as aventuras expedicionárias, em momentos de naufrágios.

Não se pode ingenuamente repudiar uma concepção e adotar a outra, numa visão de que tudo sucedeu ao sabor dos acontecimentos. Parece ser mais prudente conceber que tanto a existência de um projeto português quanto a imprevisibilidade dos eventos são realidades indissociáveis de uma ação que continua atraindo olhares e leitores para apreender lições e significados da capacidade humana de se reinventar em momentos de crise. Como foi o exemplo português, que busca com todas as suas forças, nas empresas expedicionárias, com toda a sua multiplicidade de vieses, evocar os seus dias gloriosos e assim responder as insatisfações e necessidades do presente, Percebe-se assim não um gênio português, mas um moribundo, que precisa se reinventar de algum modo para não sucumbir ao silencio do esquecimento.



Referencias bibliográficas


COELHO, Antonio Borges.'Os argonautas portugueses e o seu velo de ouro'.in TENGARRINHA, José(Org.), História de Portugal. São PAulo: EDUSC/Unesp,2001.pp.87-105.


ALMEIDA, Antonio Augusto Marques de. 'Saberes e práticas de ciência no Portugual dos descobrimentos', In TENGARRINHA, José (Org.), Histoprias de Portugal. São Paulo/Unesp,2001.pp.107-116.


FAORO,Raymundo. 'A revolução portuguesa'. In Os donos do poder: formação do patronato politico brasileiro. Porto Alegre: Globo,1958.pp.43-87.