segunda-feira, 15 de março de 2010

Câmara sedia exposição sobre o Holocausto

A Câmara sedia, a partir desta terça-feira (16), a exposição "Holocausto Nunca Mais", composta por 52 painéis com fotos, textos e documentos que retratam os campos de concentração nazistas durante a 2a Guerra Mundial. A mostra poderá ser visitada até o dia 26 de março, na sala de exposições do Edifício Principal da Câmara.

A exposição, organizada pelo Espaço Cultural da Câmara, é uma iniciativa do deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), autor da proposta (PL 987/07) que prevê prisão de até três anos para quem negar o Holocausto.

De acordo com ele, o objetivo é contribuir para a divulgação e o debate sobre o Holocausto e "não permitir que o mundo esqueça a maior tragédia sofrida pelo povo judeu".

Irã
A mostra inclui também registros da perseguição dos bahá’ís no Irã, que o deputado classifica como uma “nova tragédia da humanidade”. Desde a Revolução Islâmica (1979), há denúncias de execução em massa e de intolerância contra os seguidores do movimento no país, onde ainda vivem cerca de 300 mil adeptos.

Religião monoteísta fundada em 1844, o bahá’í reúne 6 milhões de seguidores no mundo e defende a unidade das religiões e a igualdade dos sexos. No Irã, onde o movimento é considerado uma “seita desvirtuada”, os seguidores são impedidos de praticar sua fé.

Há relatos, negados pelo governo iraniano, de que os bahá’ís são proibidos de ocupar cargos públicos, frequentar universidades e tirar passaportes no país.

SobreviventeO evento de abertura da mostra terá a participação do escritor e jornalista polonês Ben Abraham, sobrevivente dos campos de concentração durante a ocupação nazista da Polônia.

Abraham, de 85 anos, é naturalizado brasileiro e já publicou 15 livros relacionados ao Holocausto.

Atualmente, é vice-presidente da Associação Mundial de Sobreviventes do Nazismo.



Portal da câmara dos Deputados

2 comentários:

  1. Vejo esse momento como um grande acontecimento a ser acompanhado por nós estudantes, pois estes pracinhas são a memória viva de um passado marcante, e podemos ter a oportunidade de ouvir depoimentos de quem realmente viveu na pele esses momentos de terror. e dar nossa homenagem a esses guerreiros com nossa presença, pois eles merecem reconhecimento e respeito pois fazem parte da história e da identidade do nosso país.

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  2. Acredito que os horrores do holocausto do povo judeu, verdadeiramente perpetuam se estigmatizando nossa societade atual, que se reinterpretou a partir do desfecho desta marca abominável de nossa incapacidade de conceber o outro, de reconhecer nele uma estensão do eu. Assim ao resiguinificarmos nossa historia e reprojetarmos nossa tragetória naturalizamos a tortura, o preconceito, o genocidio, a etnofobia etc, e nesse tempo dito pós- moderno requintamos os traços sobreviventes deste holocausto sob novas roupagem reinaugurando práxis secularmente superadas como a pedofilia, o matricidio, o infanticidio. Não do extranho, mas dos nossos entes queridos... Quantas Izabelas não aparecem nas telas do shounarlismo televisivo? quantos matamos, senão no sentido literal do termo, mas no despreso e degradar cotidiano do outro por este ser diferente??? Falar do holocausto é preciso, é justo e indispensável, sobretudo para que não esqueçamos que tudo que permitiu com que o ser humano fizesse aquela insanidade com o povo Judeu,(para citar nossa sempre magnânima Professora Michelle), continua aí, muito mais desenvolvido e com toda a possibilidade de resignificar o holocausto e imprimir-lhe nova didática para impor nossa superioridade sobre outras etnias. Que o holocausto seja sempre presente em nosso imaginário como uma seta indicando o caminho a não ser seguido.

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