sexta-feira, 23 de abril de 2010

Versos de um Amigo Jornalista

Dançando na Chuva II



Os dois caminhavam na calçada da rua
Era noite, noite fria, ventava,
começava a chover...
E o que no início eram poucos pingos
tornou-se logo um forte temporal


O casal, lado a lado, parou de repente
Pressentiu o momento,
Uma história para se gravar para toda a vida,
E começou a brincar, correr,
Rodar, pular, beijar na chuva


Os carros eram indiferentes,
As ruas alagadas e com ondas
pouco se importavam,
As pessoas pareciam não ter olhos para eles...


Se garoto e garota pudessem escolher onde estar,
seria exatamente ali!
Molhados, com frio,
sem proteção, a não ser um do outro,
mas vivendo o presente...
Os únicos naquele momento


Um carro para na rua
Uma garota pensativa observa os dois
Quando o sinal abre, seu carro molha o casal
Os dois sorriem
e beijam-se...
Aproveitavam mais um pouco
o inesquecível para sempre...


por Lucas Cajueiro - estudante de jornalismo
Acessem o blog: Bastardos da pauta

3 comentários:

  1. Meu Amigo CAJU! sempre muito criativo e pertinente em suas colocações...

    VERSOS DE UM FUTURO GRANDE JORNALISTA

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  2. A singeleza dos versos realçam a beleza da vida, que despida de todos os porcos assessórios que nossa modernidade tecnológica nos empurra goela abaixo em nome do grande sonho chamado conforto... È simples como dançar na chuva, na enchente suja e triste, carregada da hipócrisia e dos frutos de uma sociedade perversa e acomodada em sua deficiencias. Onde poucos conseguem fugir ao anatema de ser padronizado e dar se o deleite de se descobrir humano, apreciar a chuva, as águas e sobre maneira o outro esse eterno fantasma que tras em si nossa imagem e por isso nos atormenta levando nos a constante tentativa de destruí-lo. Viva a poesia essa magnífica e intradusivel forma de dizer todas as coisas!!!!

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  3. Eu como uma eterna apaixonada, o que posso dizer? Lindo... A demostração de afeto entre casais, essa simplicidade de amar, mesmo que de baixo de chuva, banhados por respingos de lama.. nada se compara ao ato de amar, tudo é valido, até brincar!! Eitaaa paixão danada...

    Cajú, meu filho: tu és o cara! Parabéns pelo poema.

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