A atual edição de uma revista semanal, que me recuso citar o nome, vai às bancas nessa semana, apontando o suposto ódio que o presidente Lula tem em relação à imprensa. Entre muitas choradeiras, o Bomba-H dará sua opinião sobre o assunto.

Por outro lado temos o discurso político a cerca do mesmo tema. Que trata-se de tornar o trabalho da imprensa similar ao trabalho do advogado, que também tem um órgão que fiscaliza a pratica da profissão, no caso do exemplo a OAB. Vale também ressaltar que não é somente um exemplo que podemos citar, são várias as profissões que possuem um órgão fiscalizador de qualidade. A imprensa por sua vez acredita que isso seria uma afronta a liberdade de expressão e faz questão de grita alto, quando alguém ousa cita algo a respeito.
A revista, que não citarei o nome, mas que ultimamente tem a mesma credibilidade de um catálogo das casas Bahia. Fez o seu chororô semanal. Divulgou os ataques do presidente Lula a santinha da imprensa, e fez questão de ressaltar como a “comedida” candidata Dilma, poderá lidar com o essa situação, caso ela venha a ser presidenta.
Agora vamos à outra versão dessa discussão toda. Sabemos que sim, poderá haver influencia do governo, em um órgão que pretenda fiscalizar a imprensa, mas também temos que levar em consideração a realidade vivida pela imprensa brasileira. O sensacionalismo está ai para todos verem, a falta de imparcialidade e de ética é evidente. Podemos citar por exemplo, essa revista que certa vez trouxe como capa, as estratégias de marqueteiros para fisgar os eleitores. A capa traz caricaturas dos três principais concorrentes à faixa presidencial. Ao mesmo tempo em que ela nos traz uma capa como essa, percebemos na seção de Índice uma foto apenas com a chamada para a matéria principal. A chamada apresenta como única foto uma eleitora do tucano Serra, vale ressaltar também que a imagem é a maior da seção, ou melhor, a segunda maior, perde para a publicidade ao lado. Só nessa simples analise, pergunto onde está a imparcialidade?
Vou deixar para que os leitores pensem o que quiserem a respeito do tema. Só vou ressaltar por ultimo o fato, destaco pelo nosso querido amigo Kiko Di Faria, da imprensa também atender interesse político e econômico. E deixo como ultima pergunta: será que a imprensa luta mesmo pela liberdade de expressão ou liberdade dos patrões?
Vitão meu queridooO...
ResponderExcluirDe fato é algo complicado de se falar. Por um lado há os que lutam pela liberdade sem barreias, em prol não só de saciar sua vontade de expressão livre como também sanar a sede da população pela "notícia nua e crua como ela é". Mas também há os que lançam mão (ou melhor... abrem os bolsos) para fazer as coisas conformem o andar da carruagem do dinheiro que lhes é posto a mão. Favores prestados aqui... pagamentos desses favores ali... e assim vai indo a nossa liberdade de expressão. Não são todos que usam de maneiras desmedidas para conquistar algo, acredito que essa minoria (ou maioria... não sei) que faz imprensa série e de qualidade ainda faz total diferença: na verdade são os leitores quem dão voz a razão quando dão credibilidade a assuntos competentes e sérios. Nada de marketing promocional e sensacionalista... deixemos que a voz livre liberte as verdades que nos rondam!!
Não sei se respondi o debate em questão, mas é isto que penso a respeito de algumas noticias que lemos, vemos e ouvimos.
BjoOo...
~♥
Essa uma questão polêmica mesmo. Jornalismo é uma coisa sou muito insipiente,Contudo, acredito que um tipo de mídia que busca levar ou veicular a informação, deveria fazer seu o trabalho da forma mais coerente possível.infelizmente no jornalismo atual(não estou generalizando pois tem muita gente boa por ai) vejo que falta um cuidado maior com a informação, com a HISTÓRIA relacionada aos acontecimentos comunicados assim como dos entrevistados.Acho que isso contribuiria para perguntas mais interessantes e criticas menos abrasivas que tem forte tendencia à direcionar a opinião publica. Concordo com quem diz que a profissão é similar a de um juiz e por isso, deveriam agir com a mesma seriedade.Alguem concorda?
ResponderExcluir_o/'
ResponderExcluirÉ, o assunto é complexo e exige mais que boa vontade de quem deseja participar do debate. Ninguém ama mais a liberdade de expressão do que o poeta (acredito) esta é sua seiva, sua vida e morte.
ResponderExcluirMas creio sem nenhum embasamento teórico, pura e simplesmente pelo instinto, que não há liberdade de fato, sem responsabilidade, e o que vejo, com toda minha limitação no assunto, é que os veículos de comunicação, são também corporações ecomômicas e visam lucros para se manterem no mercado e em nome desse fator, a ética vai pro ralo.
Os veiculos de comunicação, além de não poderem ser imparciais, uma vez que neutralidade não existe, e por serem todos operados por mentes humanas, trazem também os estígmas de não serem justos, pois priorizam os que pagam mais, ou os que detém mais status quo, e que acabam dando maior retorno ao ivestimento da comunicação.
Exposto esses poucos argumentos que minam qualquer possibilidade de neutralidade, ainda tem um agravante que é a edição, ou "censura de gabinete" que visa atender aos argumentos acima expostos... Onde vai parar a responsabilidade, onde vai parar a liberdade de expressão? Se esta é sumariamente assassinada nos prórpios gabinetes editóriais que a descarta em nome de tantos argumento enumeráveis???
Ao abandonar a responsabilidade inerente ao processo de comunicação, em nome de seja qual for o argumento, abortamos a possibilidade de liberdade de qualquer processo comunicacional.
E isso está presente em todos os meios de comunicação! Então como não abraçar o desafio de tentar fortalecer a liberdade de expressão e garantir que haja o mínimo de responsabilidade, social econômica, ética, moral etc. possivel nos veiculos de comunicação??? Não sou um comunicador e tampouco me vejo credenciado para prover um debate de tal magnitude, mas seja como for e por quem for, ele precisa ser posto à mesa e levado a sério. Já dizia o velho sátiro chacrinha," quem não se comunica se estrumbica!" Ora, comunicar tendenciosamente e capciosamente, não pode ser o único formato de comunicação autorizado nessa republica! Precisamos pluralizar as possibilidades de fala e de falantes ou desembocaremos numa imposição corporativa, nociva e lesiva à liberdade de expressão, tão forte e intransponíveis que acabaremos por nos estrumbicar todos!!!