sábado, 21 de janeiro de 2012

Eliana Calmon lutando contra a “Justiça”

Muitas perguntas são feitas sobre a corrupção no Brasil. Infelizmente, não há boas respostas. Afinal de contas, nada é mais lamentável do que ver, diante dos nossos próprios olhos, políticos fatiando suculentas pizzas e nada sendo feito. Aliás, nada vírgula. Temos o desprazer de conhecer alguns nomes que circulam no plenário e continuam fazendo seus movimentos ilegais para no fim das contas aumentar o dinheiro no fim do mês. São políticos que foram investigados, mas na hora do decisivo momento do julgamento foram absorvido tal como Jackeline Roriz e outros exemplos.

Mas dessa vez vamos falar de outra poderosa classe que está diretamente envolvida em alguns casos de corrupção no Brasil. Se há corrupção no Executivo e no Legislativo, surge à pergunta: e o Judiciário? Será que nosso país pode soltar fogos de artifício e garantir para Deus e o mundo que nossos juízes são honestos? Alguém põe a mão no fogo por eles?  Uma boa ministra responderia a essas perguntas com o termo: bandidos de toga. Ela também pode usar outros termos como mentirosos, maledicentes e corporativos. Em fim, a ministra em questão é Eliana Calmon que vem desafiando os até então intocáveis juízes de toga.


Faço questão de trazer para os visitantes deste espaço algumas aspas que a ministra afirmou:

“implacável com a corrupção, prática a ser banida do âmbito do Poder Judiciário, com a qual terei tolerância zero”

“Pela primeira vez, foram feitos diagnósticos oficiais do funcionamento da prestação jurisdicional, dos serviços cartorários. Pela primeira vez, veio a conhecimento de todos, até dos próprios protagonistas da função judicante, o resultado de uma Justiça cara, confusa, lenta e ineficiente”

“Não está sendo fácil corrigir os rumos, implantar práticas administrativas modernas, desalojar os vilões do Poder e, principalmente, mudar os usos e costumes de um Judiciário desenvolvido à sombra de uma sociedade elitista, patrimonialista, desigual e individualista”.

“Este não é um trabalho de pouco e para pouco tempo. É meta arrojada a exigir esforço concentrado de todos os atores da atividade judicante, especialmente dos magistrados. Não podemos esperar pelo legislador e pelo Executivo. A iniciativa de reconstrução é nossa (CNJ)”

Inevitavelmente, essas afirmações levaram a alguns juízes questionarem a atitude da ministra e as investigações da Corregedoria Nacional de Justiça. No entanto, isso não levou a ministra abaixar a guarda para o Judiciário que continuou criticando alguns juízes, chamando a associações de juízes de "mentirosas", "maledicentes" e "corporativas". Embora, a ministra esteja num mato repleto de lobos, devemos nós, a população, apoiar todas essas iniciativas, pois trata-se de uma tentativa corajosa de combater um mal histórico no país,  a corrupção. 

4 comentários:

  1. Dá-lhe Ministra Calmom,
    o que estava faltando era exatamente isso, todo mundo sabe de cor e salteado o nome de alguns dos mais "honoráveis canalhas" no âmbito dos poderes Executivo e Legislativo, mas o Judiciário que sobre a égide da justiça (a melhor que o dinheiro pode comprar e que os acordãos pode arranjar) tem históricamente feito vistas grossas a toda essa bandalheira que já é tradição no Brasil, e que ataualmente se coaduna em torno da alcunha "corrupção".
    Mas o fato é que a morosidade, a venda de senteça, a tolerância judicial para com os bandidos de colarinho branco, que são não só corruptos, mas corruptores é em grande parte a responsável, pela farra da corrupção em nosso país!
    Que bom que finalmente alguém resolve mostrar a cara do nosso Judiciário, com todo respeito às exceções, uma vez que não podemos generalizar, pois se um mínimo ainda se faz em âmbito de justiça e de combate a corrupção, deve-se a essa minoria que insiste em dar ao Judiciário a cara que lhe é devida.
    Nada sei do Labor Judicial, uma vez que não milito neste espaço, mas como observador, como brasileiro, como cidadão, tenho visto suficiente pra saber que a ministra está correta e que ou mostramos a caras destes "Bandidos de Toga" e os punimos por seus crimes, ou nos arrastaremos sem previsão de melhora no pântano da impunidade, da corrupção de intocabilidade de alguns!

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    1. Eu não sei se "apontar o dedo" indicando quem são os corruptos pode solucionar o problema. A muito tempo se fez isso e parece que não funcionou.Collor, Sarney, Roriz casos mais populares,ainda são pessoas do âmbito politico e com muito apoio! O discurso do ressentimento sempre ganhou muitos ouvintes e a empreitada da ministra me é bem parecido:
      "Há muito tempo era assim assado, vivianos numa grande mxxxx, hoje temos que despertar para que isso mude e blá blá."
      "Este não é um trabalho de pouco e para pouco tempo."
      Monarquias já caíram entre uma noite de sono e o café da manhã. Eu não sei quanto a vocês mas esse tipo de discurso não me convence mais.

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    2. O professor Álvaro citava sempre:
      "Só haverá liberdade quando o último rei for enforcado com as tripas do último padre ”.

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    3. Vejam o Roda Viva com o Ministro Marco Aurélio.

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