quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Meu Mestre, minha Vida e Escola CEFA

Alguém já ouviu falar no filme Meu Mestre, minha Vida. Trata-se daqueles filmes clássico, produzido no final dos anos 80, que provavelmente muitos já tiveram a oportunidade de assisti-lo na Seção da Tarde. Para aqueles que não se lembraram pelo título do filme, talvez um breve resumo possa ajudar.

O filme conta a história de um professor que assumi um cargo, nada confortável, de diretor de um colégio com sérios problemas. Tráfico de drogas, gangues violentas, agressões físicas entre alunos e professores e por fim pichações em todas as paredes do ambiente educacional. Trata-se do verdadeiro caos. Diante desse ambiente o professor Joe Clark resolve formular uma revolução no ambiente escolar. Em uma única tacada Clark expulsa todos os alunos violentos ou com alguma acusação da escola. Dessa forma começa a restaurar aquele ambiente, tornando possível, ao final do filme, aquela trajetória ser vista como exemplo. Por fim, vale ressaltar que tal história é baseada em fatos reais.

Depois desse curto resumo, vejamos essa reportagem do Fantástico, sobre um exemplo real que está bem próximo a nós...


Embora não possa afirmar com totalidade, mas o exemplo da escola CEFA, próximo a nós, se a semelha um tanto com o filme Meu Mestre, minha Vida. Ambas as escola, por fim, tem os mesmos objetivos, revolução na educação. Além disso, as escolas também se relacionam em suas trajetórias: ambas tiveram que sair da total adversidade de um ambiente de aprendizado para alcançar níveis exemplares. Se assemelham também na coragem dos professores em ter que lidar com os problemas. O detalhe é que o professor Jordenes da Silva é mais real para nós do que o professor do filme. Ora, além da proximidade geográfica, há uma relação entre nós futuros educadores e Jordenes – um professor que lida com a praticidade na educação. Ele torna práticos os sonhos.  

Então, para encerrar, vale novamente repetir o velho ditado: “Feliz do homem que é escravo de uma grande ideia”. Há a vontade, ou deveria haver, de grande parte dos brasileiros em tornar a educação do país melhor, de promover essa tão aclamada revolução na educação. O jornal Correio Brasiliense desse domingo (15 de janeiro) alertou que o crescimento não pode ser apenas econômico, mas também intelectual, devemos nos preocupar com a qualidade de nossa educação. Mas como revolucionar? Talvez essa seja a pergunta certa. Já a resposta correta, acredito que não venha com frases curtas ou diretas, mas com exemplos. 

9 comentários:

  1. Belos post Vitor!Lembro desse filme e você fez o link bacana ai. Realmente a atitude do professor é digna de exemplo.Hoje são muitos poucos professores que se sentem motivados em sua profissão, no caso desse grande homem,no estilo LIKE A BOSS, o oposto acontece.O cara esbanja vontade de mudar a educação. É engraçado, as vezes escuto que " não a salvação para a educação" com um certo conformismo e vitimismo até, esse caso específico mostra que não devemos nos acomodar e fazer o melhor que podemos.Lembro que alguns de nossos colegas fizeram uma bela apresentação sobre o assunto,será que vai aparecer alguma coisa por aqui?

    Muito bom Victor!

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  2. Verdade Otávio ah um problema que você constata que é um tanto grave. Sempre somos vitimas, nada fazemos para mudar. E isso numa realidade como a educação se torna ainda mais grave, gravíssima.

    Já se tornou claro que a educação não é prioridade em nosso país. Infelizmente é assim para os governantes, mas e para nós? Vamos continuar colocando o conformismo nas pontas dos dedos e ficando no discurso, na hipocrisia ou vai haver novos exemplos?

    Quem sabe se revoluciona alguma coisa assim falando... Talvez não.

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    1. Bem longe de querer ser um herói como o Jordenes, a pouco tempo atrás me iniciei nesse território difícil que é a educação.Como professor no EF 2 E EM,posso dizer que faço o melhor,o que muita vezes me rende vários rótulos e criticas, tanto por parte dos alunos como do coordenador pedagógico. Alguns dos tipo " professor porque o senhor não segue o livro?" Acho que o professor tem papel importante, quando não é somente um canal de transmissão de conteúdo, mais sim um sujeito engajado em fazer com que os alunos reflitam sobre a realidade que os cerca,o que não encontramos nos livros didáticos e nos programas curriculares de hoje (na ótica na qual vivo hoje.)
      Mas sou mais incisivo nessa questão e acredito que falar sobre isso é um primeiro passo para mudança,pois como falei num post anterior as pessoas estão cada vez mais autocentradas, seja no consumismo,status, carreira etc...falar a respeito é primeiro passo para a mudança de mentalidade.

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    2. Tem alguns certos receios sobre esse mundo teórico sendo aplicado na prática. Por isso, aliás credito a tamanha importância que é a disciplina de estágio. Talvez, seja o primeiro momento em que perceberemos de fato as dificuldades de uma turma, com todas suas adversidades e desafios propostos. Logicamente que nós ensinamos através da fala, se comunicando e transmitindo o conhecimento.

      Mas o meu questionamento sobre o discurso politicamente correto, que está mais carregado de hipocrisia do que da realidade, está nos discursos de uns que afirmam que a educação é fundamental, mas suas próprias ações cedidas contradiz tudo o que é dito. Lembro de uma reportagem que eu fiz, para o meu outro curso, que uma professora me respondeu da seguinte forma: “Sempre sonhei em ser professora e sempre fui desencorajada por muita gente. Quando alguém vem criticar minha escolha, digo que todo mundo quer uma educação de qualidade, mas ninguém se oferece para isso.”

      Percebe que há uma ação nisso a um oferecimento dela que sonha em ser professora mesmo que ela seja desencorajada. Esse é meu questionamento.

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    3. Acho que esse lance Vitor, ao que me parece de as ações não condizerem com o que se diz, tem um pouco haver com o desânimo que os professores sentem.É normal isso acontecer em meio a tantos fatores que comprometem o trabalho do mesmo.Mas não quer dizer que ele deva desistir, a sua professora é um exemplo de como "a luta continua".
      Penso que as vezes nem é hipocrisia de alguns Victor,são mais professores que cansaram de lutar pela educação, e só cumprem o que está nos manuais.
      E Victor quando você diz que tem receio de:
      " o mundo teórico sendo aplicado na prática"
      O cotiano das salas de aulas não da conta da teoria quanto mais o estágio. Cada aula é única e você acaba por aprender com eles mais do que ensinando.

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    4. Concordo novamente com o que diz... Ao que parece a sala de aula cada vez mais traz novos desafios. Sobre a reação dos professores desanimados com suas condições, não era disso que estava me referindo, mas a visão que já é imposta ao ambiente educacional antes mesmo de eu decidir ser professor. Essa visão, segunda essa mesma reportagem vem devido a três fatores.
      Falta de credibilidade da profissão
      Baixa remuneração
      E falta de respeito com os professores que muitas vezes são surpreendido com agressões físicas.
      Esses motivos foram apontado por uma pesquisa, que afirma que cada vez mais os jovens não estão optando por seguir a carreira de professores...

      Todos sonham com uma boa educação, mas a realidade é que poucos querem se tornar professores...

      Muito bom o debate!

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    5. Sim Victor o tema é bastante atual e mesmo assim tem um bom tempo que se fala e escreve sobre isso é como eco que ainda bem, insisti em nos chacoalhar.
      Lembro do professor Cícero dizendo em uma de suas aulas que os professores em outros lugares tem um valor inestimável ,como na china, onde são reverenciados até pelo próprio Hu Jintao. A profissão caiu em descrédito mesmo, soa até um pouco romântico dizer que quer ser professor nos dias de hoje.

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    6. é verdade, mas sabe essa pesquisa na qual me refiro afirma que apenas 2% dos jovens ouvidos querem seguir a carreira de professor. Sendo que esses 2% são alunos com as piores notas na escola. Ou seja, querem ser professores apenas para ter um diploma.

      Logicamente, que podemos questionar isso... Em cidades como a nossa Formosa, Planaltina, Brasilinha pode perfeitamente haver ótimos alunos querendo buscar ser um professor de sucesso. Talvez a falta de outros cursos levem a isso ou talvez a vontade de cada um.

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  3. http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed682_perda_de_tempo_e_de_imaginacao

    essa ideia de prática na qual me refiro pode ser conferida nesse link.

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